terça-feira, 11 de outubro de 2011

COMO É NASCER? NA VISÃO DA MÃE


O trabalho de parto começa com o amadurecimento e estiramento gradual do colo do útero, que fica na base do órgão. Isto pode levar dias ou pode acontecer durante algumas horas, principalmente se não for uma primigesta. Quando o colo do útero estiver macio e esticado, as contrações uterinas - que já estavam acontecendo ao final da gravidez - tendem a trazê-lo para cima pouco a pouco, de modo que ele muda gradualmente de forma, passando de um canal longo, voltado para baixo na vagina para um orifício na base do útero, pois os tecidos foram puxados para cima, dentro do segmento inferior do útero.
O trabalho de parto é considerado como tal, pelos médicos, quando aparecem as contrações regulares que dilatam efetivamente o colo. Para que isso aconteça, normalmente tem-se 3 centímetros de dilatação.
Três coisas podem indicar que o trabalho começou, ou está para começar: - um sinal aparece - é a eliminação de muco sanguinolento que se tem quando o colo está começando a esticar. Até o início do trabalho, esse muco agiu como um tampão gelatinoso no colo, fechando o útero. A aparição dele é um bom sinal de que está havendo uma atividade definida ao redor do colo; - a bolsa de água se rompe - quando as membranas que envolvem o bebê são pressionadas para baixo pela porção anterior da extremidade de apresentação do bebê e a pressão vai aumentando, a bolsa se rompe. Ela pode fazê-lo repentinamente com a eliminação de uma corrente de água ou, como é mais comum, com uma eliminação lenta, é importante que se procure o hospital neste caso para que se faça uma avaliação, pois se o trabalho for vagaroso, levando 24 horas ou mais desde a ruptura das membranas, há chance do bebê infectar-se, além de outras complicações; - começam as contrações - as contrações são em torno do quadril e na parte mais baixa da coluna, durando de quinze a vinte segundos, sendo que esta sensação se repete novamente dentro de dez minutos ou até antes. Essas podem ser as contrações "de ensaio" Braxton Hicks, que podem ser bem dolorosas e que ocorrem de quando em quando por volta das três últimas semanas de gestação. Isto pode ser chamado de "falso trabalho".
Para ter certeza que é realmente um trabalho de parto, cronometra-se as contrações por um período de trinta minutos ou uma hora, anotando o intervalo entre o começo de uma e o da próxima, e também a duração de cada contração. É preciso que as contrações estejam acontecendo cada vez mais próximas umas das outras e que sejam de quarenta segundos ou mais.
Durante as contrações , as fibras musculares do topo do útero se contraem , pressionando-o para dentro e para baixo em sua região central e produzindo um levantamento do colo. Quando a cabeça do bebê é pressionada para baixo, devido à ação das contrações, os tecidos musculares e fibrosos do colo do útero são afastados. Em um trabalho de parto normal, a maioria das sensações físicas causadas pelas contrações vem dessa àrea no interior e ao redor do colo, além de um endurecimento e alargamento sentidos no topo do útero.
Uma vez que as contrações estejam ocorrendo normalmente, elas apresentam um ritmo regular, em forma de ondas e duram cada vez mais, enquanto o intervalo entre elas diminui.
Embora não se saiba com exatidão o que deflagra o trabalho de parto, um teoria diz: Quando o tecido da glândula adrenal do bebê fica maduro, começa a produzir cortisona. Isto inicia um processo notável. Ela altera o equilíbrio entre a quantidade de estrogênio e progesterona produzidos pela placenta, abaixando o de estrogênio e elevando o de progesterona, e isto, por sua vez, inicia a produção de prostaglandinas. Essas agem no útero, tornando as contrações, que acontecem nos últimos tempos de gravidez mais longas e mais freqüentes. Portanto as contrações de início do trabalho podem ser iguais às de Braxton Hicks, porém mais intensas e mais regulares.
Essas contrações mais eficientes pressionam a extremidade de apresentação do bebê para baixo, na direção do segmento inferior de útero contra o colo. Este, então, torna-se progressivamente mais esticado e fino, conforme as fibras musculares são puxadas para cima, em direção ao segmento superior. O esvaecimento e estiramento do colo deflagram a produção de ocitocina por parte do útero ao entrar em um ritmo regular de contrações. O trabalho de parto realmente começou.
O segundo estágio do parto é geralmente descrito como sendo um trabalho pesado, esmagador, porém a mãe tem vontade de fazê-lo. Provavelmente se sente uma vontade insuportável de fazer força e pressionar o bebê através de canal do parto. O ato de fazer força não é uma coisa que se decida racionalmente, mas uma energia que percorre o corpo e culmina com o nascimento do bebê.
No terceiro estágio do parto, embora não se sintam as contrações , o útero continua a contrair após o nascimento do bebê. Isto faz com que a placenta se descole do útero; já que ela não pode contrair-se. À medida que o útero se contrai. Formando uma bola dura e firme, a massa placentária vai sendo descolada automaticamente. Os orifícios nos quais os vasos sangüíneos placentários estavam enraizados são ocluídos pela contração intensa do útero, e isto impede um sangramento excessivo.


Nenhum comentário:

Postar um comentário